É no cérebro que se dá o processamento de pensamento e emoções. Nossa
habilidade para aprender a integrar, armazenar e recuperar informações – é o maior
fenômeno do universo biológico. Os padrões de atividade cerebral se correlacionam
com fenômenos considerados puramente psicológicos, de que nossa personalidade,
nossos potenciais pessoais e mesmo nossas dificuldades, sejam de que ordem for,
estão enraizados na forma como nossos cérebros trabalham (MASCARO,M 2008,
P.17).
Ribeiro (2011) entende o neurofeedback como uma ferramenta “nova” e “maravilhosa”,
que permite treinar o cérebro para “ajudar a melhorar a sua capacidade de se
autorregular”, fruto da “aliança entre o desenvolvimento tecnológico e estratégias do
Coaching a serviço da consciência, saúde, educação e aprimoramento, em busca de
melhor qualidade de vida, competência e realização do ser humano”, definindo-o como
uma técnica “indolor e não invasiva”, que opera em um nível funcional do cérebro e
transcende a necessidade de classificação, que modula a atividade do cérebro ao
nível de uma dinâmica neuronal de excitação e inibição, fundamentando assim os
efeitos característicos que são relatados pelo cliente.
Em um nível neuronal, o cérebro aprende a modular seus padrões excitatórios e
inibitórios de conjuntos específicos de neurônios, e assim aumentar a flexibilidade e
autoregulação de relaxamento e padrões de ativação (RIBEIRO, 2011, P. 363).
Segundo Mascaro (2012), quando a atividade do cérebro se lentifica ou acelera
indevidamente, ocorre perda de informação e/ou redução na coordenação do
funcionamento neural, acarretando o empobrecimento do desempenho em partes
específicas do cérebro que se traduzem por diversos distúrbios funcionais, tais como:
“(…) distúrbios de personalidade e do comportamento social, agressividade,
depressão, ansiedade e ataques de pânico, dificuldade de aprendizado e
concentração, problemas de memória, dislexia, Tdah (déficit de atenção com ou sem
hiperatividade), TOC (transtorno obsessivo compulsivo), autismo e mesmo quadros de
enxaqueca, dor crônica e fibromialgia.” (MASCARO, 2012, p. 18).
Na busca pelo equilíbrio, segundo Mascaro (2012), faz-se uso do neurofeedback, um
processo não invasivo de terapia neurológica que se dá pelo treinamento das
frequências cerebrais, produzindo mudanças nos padrões neurológicos “que levam à
cura de muitas doenças para as quais, mesmo atualmente, apenas as medicações
pareciam ser a solução”. A maioria dos estudos iniciais em aplicações patológicas
sobre o neurofeedback eram voltados para o tratamento de epilepsia. Nos anos 2000
começaram a surgir estudos sobre a aplicação do neurofeedback aplicação dos
neurofeedback em casos de TDAH (Cleary, 2011).