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Etapas do Desenvolvimento Psicosocial

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Erik Erikson (que viveu entre 1902 e 1994), em sua teoria do desenvolvimento psicossocial, destaca que durante o ciclo de vida o indivíduo enfrenta oito principais crises ou conflitos. Cada conflito, ou tarefa a ser vencida, surge em um momento específico, em função tanto da maturação biológica quanto das exigências sociais que o indivíduo tem que enfrentar em diferentes momentos de sua vida. Cada crise, se vencida, prepara para uma resolução satisfatória da crise seguinte (SHAFFER, 2005). Erikson (1998) enfatiza a natureza adaptativa e racional de nós, seres humanos, tendo captado muitos dos problemas cotidianos em seus oito estágios psicossociais:

(a) confiança básica versus desconfiança (de 0 a 1 ano), quando a principal tarefa é a de confiar no cuidador principal e, caso isso não ocorra em função do comportamento do cuidador, a criança pode ver o mundo como um lugar ameaçador e não confiável;

(b) autonomia versus vergonha e dúvida (de 1 a 3 anos), quando a principal tarefa da criança é ser capaz de fazer as coisas sozinho, como se vestir, se alimentar etc. e a falha em alcançar a autonomia gera a vergonha e a dúvida em sua própria capacidade;

(c) iniciativa versus culpa (de 3 a 6 anos), quando a criança deve aprender o equilíbrio entre ter iniciativa e respeitar os limites, e a falha na obtenção desse equilíbrio gera a culpa;

(d) produtividade versus inferioridade (de 6 a 12 anos), quando a criança em idade escolar deve desenvolver um domínio das habilidades escolares e sociais, e sua falha leva a sentimentos de inferioridade e baixa autoestima;

(e) identidade versus confusão de papéis (de 12 a 20 anos), quando o adolescente deve estabelecer sua identidade social e ocupacional básica, ou terá dificuldade em desempenhar seu papel como adulto;

(f) intimidade versus isolamento (de 20 a 40 anos), cuja principal tarefa é formação de fortes laços de amizades e uma relação íntima central – o isolamento decorreria da inabilidade em atingir esses objetivos a contento, gerando solidão;

(g) produtividade versus estagnação (de 40 a 65 anos), fase em que o adulto deve tornar-se produtivo no trabalho e cuidar de sua família ou de outras pessoas e, os que não assumem essas tarefas, tornam-se estagnados ou autocentrados;

(h) integridade versus desespero (velhice), quando o idoso olha para o seu passado e faz um balanço e, se o vê como produtivo e significativo, sua tarefa para essa etapa é vencida, caso contrário, obterá decepções e a indicação de que não há tempo para refazer as escolhas infelizes. Esses estágios também seguem uma ordem fixa, mas as pessoas passam por eles em velocidades diferentes (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006; SHAFFER, 2005).

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